sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

TRÊS SECRETÁRIOS DE ROSALBA RECEBEM SALÁRIOS DO GOVERNO FEDERAL


O deputado federal licenciado Betinho Rosado (DEM) optou por receber o salário de Brasília, ao invés de ser remunerado pelo Governo do Estado na sua nova função de secretário de Agricultura. Isso não é ilegal, há uma brecha na Constituição brasileira que garante isso. Aliás, não é só Betinho que fará o mesmo: o secretário de Segurança, Aldair Rocha – que é delegado federal – e a secretária de Educação, Betânia Ramalho – que é dos quadros da UFRN – também continuarão com os salários das suas respectivas funções no Governo Federal.

Aldair ganha algo em torno de R$ 20 mil como delegado federal e Betânia tem salário superior a R$ 12 mil. Hoje, um secretário de Estado ganha no Rio Grande do Norte vencimentos da ordem de R$ 8 mil. Até aí, tudo dentro da legalidade, não há nada que impeça a todos esses agentes públicos assumirem as funções no Governo do Estado e permanecerem com suas remunerações. No entanto, isso é moralmente correto? Acredito que não.

 Imagine você sair de uma empresa e ir para outra para ganhar menos, mas em função que te dá maior visibilidade. No seu contrato de trabalho você exige que o salário anterior seja pago pela empresa que não contará mais com os seus serviços.

A meu ver é uma atitude no mínimo questionável e que deixa os três secretários do ponto de vista ético em uma verdadeira saia justa.

É claro que tanto Betinho, quanto Aldair e Betânia têm todas as condições de realizarem um grande trabalho nos cargos que ocupam. Mas fica a pergunta: não há um abalo moral junto à sociedade na hora em que se aproveitam de filigranas da Constituição em benefício próprio? No momento em que se cobra ética na política, isso é no mínimo inapropriado.



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