O deputado HenriquE Alves, um dos chefões do PMDB e saudado pelo “Novo Jornal” como o “Rei do Pedaço”, está de volta ao noticiário nacional. Por malfeitorias, como de hábito. Segue informação da “Folha”:
Documento da Polícia Federal relata que o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ameaçou um superintendente de fiscalização da ANP (Agência Nacional do Petróleo) para favorecer o Grupo Magro, do setor de distribuição de combustíveis no Rio.
Trata-se da transcrição de conversa que, conforme o documento, ocorreu entre Cunha e o então superintendente de Fiscalização da ANP Jefferson Paranhos Santos, no dia 9 de agosto de 2007. “O sr. Ricardo Magro [do Grupo Magro] é nosso amigo. Eu e o partido devemos muito a ele. Ele está sendo vítima de perseguição e arbitrariedade”, disse Cunha, conforme o documento. “Em sua defesa vamos até a morte.”
Em 2007, uma das empresas do Grupo Magro tinha sido interditada. “Você está complicando as coisas. Basta desinterditar a empresa. [...] As coisas no Rio se resolvem de outra maneira, alguém pode se dar mal”, continuou. Também consta dos papéis que o delegado federal Cláudio Nogueira deu proteção a Santos devido às ameaças. Por conta disso, foi interpelado na Justiça por Cunha.
No domingo, “O Globo” revelou que Magro é o principal alvo de inquérito que apura o envolvimento de um parlamentar do Rio em fraude no setor de combustíveis.
LIDERANÇA DO PMDB
O local da conversa foi o gabinete da Liderança do PMDB na Câmara. A reunião foi marcada, segundo o documento, pelo líder do PMDB Henrique Alves (PMDB-RN).
O local da conversa foi o gabinete da Liderança do PMDB na Câmara. A reunião foi marcada, segundo o documento, pelo líder do PMDB Henrique Alves (PMDB-RN).
À Folha Alves disse na quinta-feira que procurou Santos a pedido da bancada do PMDB do Rio, que reclamava de supostos abusos na fiscalização da ANP. Cunha nega ter feito a solicitação.
Ontem Alves reviu sua versão. Disse que Santos apareceu por conta própria no PMDB em busca de indicação para cargo na ANP.
O relato de supostas ameaças chegou primeiro ao então ministro da Justiça, Tarso Genro, e depois, à Procuradoria da República pela PF.
informação: FOLHA