TEERÃ — O Irã considera 13 "cenários de vingança" em retaliação ao ataque aéreo americano que assassinou o general Qassem Soleimani, comandante das Forças Quds, unidade de elite da Guarda Revolucionária. À mídia estatal, o presidente do Conselho Supremo de Segurança Nacional, Ali Shamkhani, disse que todas as opções estão sob discussão e "que mesmo um consenso sobre o cenário mais fraco pode ser um pesadelo histórico para os americanos".
— Eu posso apenas prometer à nação iraniana que a vingança não deverá acontecer em apenas uma operação — disse Shamkhani, afirmando ainda que o Irã está acompanhando de perto “todos os pequenos passos” das tropas americanas “em suas 19 bases, incluindo as 11 que estão mais perto das fronteiras leste e oeste do Irã, e oito bases no norte e no sul que estão em alerta máximo".
Enquanto isso, o cortejo fúnebre do general chegou hoje à sua cidade natal, Kerman, onde um tumulto deixou diversos mortos e feridos e adiou seu sepultamento. Horas antes do incidente, o Parlamento iraninao votou uma lei que designa como "terroristas" o Departamento de Defesa dos Estados Unidos e suas Foças Armadas. A medida é uma emenda a um projeto recente que dava a classificação às tropas americanas localizadas desde o Chifre da África até a Ásia Central, passando pelo Oriente Médio.
Na mesma sessão, o Legislativo aprovou ainda o aumento do orçamento das Forças Quds, responsáveis pela articulação de grupos pró-Irã em países como Síria e Iraque, em R$ 1,07 bilhão para os próximos dois meses.
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