segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

NO GOVERNO DA ROSA NÃO TEM BOQUINHA NÃO...

A ciumeira entre os deputados estaduais é grande por que até agora só três tiveram seus pedidos atendidos pela governadora Rosalba Ciarlini e nomearam apadrinhados. Getúlio Rêgo, Walter Alves e Ricardo Motta que já não reclamam mais. Os outros governistas continuam escutando “só lembranças” de Bartô Galeno. De acordo com os comentários na roda de bate papos o primeiro damo do estado dá boas gargalhadas da situação dos deputados governistas. Comenta-se que ele disse até uma frase: " Já fui deputado, sei como tratar eles".  Os deputados vão esperar dois momentos antes de começarem a gritar. O primeiro é a posse da nova legislatura e a eleição do deputado Ricardo Motta. O segundo é a reforma administrativa que a governadora pretende fazer. Se até lá continuarem ouvindo a famosa música  de Bartô Galeno, aí a coisa vai mudar. Os deputados só estão ganhando tapinha nas costas, ninguém indicou cargo, ou sequer foi sondado sobre indicações nos escalões inferiores.
Não sei como por que aqui na terrinha mipibuense ainda continuam dizendo que a filha da prefeita possivelmente terá um cargo no governo, e porque só o nome dela , podia ser do irmão, do avô, da tia... Eles na verdade só querem é aparecer de qualquer forma! 

Saiu no Diário Oficial de ontem ato da governadora Rosalba Ciarlini demitindo Preto Costa da coordenação do ITEP em Caicó.
O demitido é irmão do deputado estadual Vivaldo Costa.

AMIGOS ONTEM, INIMIGOS HOJE...


É engraçado ler nos jornais veementes declarações do senador José Agripino (DEM) condenando as administrações da ex-governadora Wilma de Faria (PSB) e do ex-governador Iberê Ferreira de Sousa (PSB) e pedindo que se apurem possíveis irregularidades cometidas pelos dois como gestores públicos.
Digo engraçado porque, se a gente recuar no tempo, indo até 1985, no período da primeira campanha eleitoral direta pós-ditadura (para prefeitos de capitais), vai lembrar que o então governador do Rio Grande do Norte, José Agripino, foi protagonista de um dos maiores escândalos do Estado: o Rabo de Palha.
O escândalo Rabo de Palha foi uma tentativa de fraudar a eleição para prefeito de Natal, em 1985. O mais curioso? Os personagens principais, além do então governador José Agripino, foram grandes aliados seus à época, exatamente Iberê Ferreira de Sousa e Wilma de Faria, sua então candidata a prefeita de Natal.
Como governador do Rio Grande do Norte, JA convocou 120 prefeitos do interior com a clara intenção de tentar fraudar a eleição em Natal em benefício de Wilma. Como a eleição prometia ser muito difícil, o plano era para que os prefeitos se envolvessem – e comandassem pessoalmente – em uma grande mobilização política destinada a comprar o eleitor mais pobre, distribuindo “feirinhas, enxovaizinhos, telhas, cimento, milho (dinheiro)...”, com isso garantindo fôlego para derrotar o candidato do PMDB, Garibaldi Alves Filho, o opositor de Wilma, então Maia, já que na época era casada com Lavoisier Maia, ex-governador e primo de José Agripino.
O azar do grupo foi que a reunião foi gravada, vazou e se tornou uma grande escândalo nacional. E estavam lá as vozes de Agripino e Iberê, em especial, falando como os prefeitos deveriam agir para fraudar a eleição, distribuindo “milho (dinheiro), feirinhas, enxovaizinhos...”. Ou seja, comprando o voto e praticando uma ação ilegal e não permitida a um gestor público.
Com a denúncia, a poucos dias da eleição, o plano desceu pelo ralo do fracasso, e Garibaldi Filho ganhou a eleição para prefeito de Natal.
Mais curiosidades, muito particulares e comuns por estes terras potiguares? Garibaldi Filho, que por pouco não perdeu a eleição que seria fraudada para beneficiar Wilma, hoje é aliado de José Agripino, mentor e fiador do Rabo de Palha. E Wilma, aliada de então ao ponto de merecer ser beneficiária de um arriscado plano de fraude eleitoral, assim como Iberê, seu então poderoso secretário de governo, hoje são adversários de Agripino e dele sofrem contundentes ataques pela mídia.
CTRL C BLOG CALANGOTANGO. 

FUNASA FOI VÍTIMA DE DESVIOS DE MAIS DE MEIO BILHÕES DE REAIS.

Auditorias concluídas nos últimos quatro anos pela CGU (Controladoria Geral da União) revelam que a Funasa foi vítima de desvios que podem ultrapassar a cifra de meio bilhões de reais.
O órgão está sob comando do PMDB desde 2005 e é o principal alvo do partido na guerra por cargos no segundo escalão do governo Dilma.
Levantamento feito pela Folha mostra que a CGU pediu a devolução de R$ 488,5 milhões aos cofres da Funasa entre 2007 e 2010. O prejuízo ainda deve subir após novos cálculos do TCU (Tribunal de Contas da União), que atualiza os valores ao julgar cada processo.
De acordo com os relatórios, o dinheiro teria sumido entre convênios irregulares, contratações viciadas e repasses a Estados e prefeituras sem a prestação de contas exigida por lei.
A pesquisa somou as quantias cobradas em 948 tomadas de contas especiais instauradas nos últimos quatro anos. As investigações começaram no Ministério da Saúde, ao qual a Funasa é subordinada, e foram referendadas pela CGU.
O volume de irregularidades que se repetem atrasa a tentativa de recuperar o dinheiro, e os processos não têm prazo para ser julgados pelos ministros do TCU.
Além das auditorias, balanço feito pela controladoria a pedido da reportagem aponta a existência de 62 processos simultâneos contra a direção da Funasa.
Outros seis apuram supostas irregularidades cometidas por dirigentes e servidores, e podem culminar em punições como a demissão e a proibição de exercer novos cargos públicos.
Em 2009, o ex-presidente Paulo Lustosa, o primeiro indicado ao cargo pelo PMDB, foi banido da administração federal por cinco anos.
A CGU o responsabilizou pelo superfaturamento de contratos de R$ 14,3 milhões da TV Funasa. Em parecer, ele foi acusado de exibir "verdadeiro desprezo e desapego" aos recursos públicos.
No mesmo ano, a Polícia Federal deflagrou a Operação Covil, contra pagamentos de propina em Tocantins, e a Operação Fumaça, que desarticulou um esquema de desvio de repasses da Funasa a prefeituras do Ceará. As investigações constataram desvios de R$ 6,2 milhões.
Apesar dos escândalos, os peemedebistas mantêm o controle sobre a Funasa. Em 2008, o então ministro José Gomes Temporão (Saúde) quase perdeu o cargo após apontar "corrupção" e "baixa qualidade" no órgão.
Ele tentou demitir o presidente Danilo Forte, mas reação comandada pelo líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), manteve Forte, que em abril de 2010 passou o cargo a Faustino Lins, outro afilhado de Alves, para se eleger deputado pelo PMDB-CE.
Bernardo Mello Franco, da Folha de São Paulo