O Democratas (DEM) está em vias de ser definitivamente extinto. A sigla vive hoje um processo de guerra interna onde os principais líderes se engalfinham pelo controle partidário.
Uns acham que podem fortalecer o partido, outros acreditam que a legenda de direita não tem mais razão de existir.
Principal voz entre os que não acreditam na recuperação do partido é o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que tenta negociar a extinção do DEM, ao negociar uma fusão do partido com o PMDB, ou com o PP.
Com o PMDB, por exemplo, as articulações estão sendo feitas com o vice-presidente da República eleito, Michel Temer.
O DEM é um dos principais partidos de oposição ao governo federal. Nesta última eleição, apesar de ter conseguido eleger 2 governadores, o partido diminuiu a quantidade de votos que recebeu em relação a outros pleitos.
Entretanto, segundo as más línguas, Kassab quer fundir o DEM ao PMDB de olho no governo do Estado de São Paulo. Com o afastamento de Orestes Quércia da política, Kassab enxergou uma avenida de possibilidades. Ele pretende ser o futuro candidato do PMDB.
Além disso, o PMDB, que é da base de apoio do governo federal, garantiria uma máquina poderosa para enfrentar os tucanos.
Durante a campanha eleitoral, em tom profético, o presidente Lula disse que o DEM precisaria ser extirpado da cena política no voto.
Enganou-se, porém, quem acreditou que o petista seria o algoz do partido de direita. Esse papel está cabendo ao democrata Kassab.