A governadora eleita Rosalba Ciarlini tem em seu currículo vários momentos em que tomou medidas impopulares. Não será diferente no Estado.
Como prefeita de Mossoró, em que alcançou elevados índices de aprovação em três governos, teve momentos de baixa aceitação, em face de decisões vistas como antipáticas.
A receita do filósofo político florentino, Nicolau Maquiavel, de que o "mal" deve ser feito de uma vez, foi seguida à risca.
Em sua primeira gestão (1989-1992), a então prefeita aproveitou a realização de um carnaval promovido pela prefeitura, para em meio à ressaca da festa fazer um arrastão em barracas, quiosques e boxes no entorno do Mercado Público Central e praças adjacentes.
A providência, só muito depois foi entendida plenamente e aceita pela população. Começou a dar um padrão urbanístico mais asséptico à cidade.
Ela também sustou depósito do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de centenas de servidores municipais que mudaram de regime funcional. Essa "bola de neve" ganhou dimensão estratosférica e transformou-se numa peleja judicial que pode acarretar um desfalque de mais de R$ 40 milhões nos cofres do município na década que se aproxima.
Dix-huit
A Justiça já deu ganho de causa transitado em julgado (sem direito a qualquer outro recurso) aos servidores, aposentados e pensionistas, via luta do seu sindicato.
Na mesma trajetória de Rosalba ainda existe a demissão de cerca de 1 mil servidores municipais, de uma "tacada" só, ao final de sua segunda administração (1997-2000).
Apesar desses e de outros "pacotes de maldades", Rosalba elegeu-se três vezes à prefeitura, uma vez ao Senado, este ano ao Governo do Estado e fez a sucessora Fátima Rosado (DEM) nas eleições de 2004 e 2008 em Mossoró.
Perdeu eleição em 1992 à sua primeira sucessão, para Dix-huit Rosado (PDT), tio do seu marido e líder político, ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (DEM). Seu vice-prefeito, empresário Luiz Pinto (DEM, então PFL), foi derrotado.
Outro insucesso foi em 1994, quando não se elegeu vice-governadora na chapa de Lavoisier Maia (PDT). O vencedor foi Garibaldi Filho (PMDB), tendo como vice o então deputado federal Fernando Freire (PMDB).
Em 2002, prefeita de Mossoró pela terceira vez, ela apoiou o senador Fernando Bezerra (PTB) ao Governo do Estado, com Carlos Augusto a vice. A chapa não chegou sequer à disputa do segundo turno, vencido por Wilma de Faria (PSB), contra Fernando Freire.
Fonte e Foto (Arquivo Blog do Carlos Santos) - Carlos Augusto, locutor e vereador Evaristo Nogueira, Rosalba e Luiz Pinto em agosto de 1988, campanha municipal de Mossoró).
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