Da Tribuna do Norte
A Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc) ainda não terminou a reforma do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Macaíba, mas foi para lá, no começo da tarde de ontem, que a Polícia Federal transferiu seis pessoas que estão sendo investigadas por crime de peculato e formação de quadrilha e envolvimento no desvio de R$ 2 milhões do Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit), recursos que deviam ser aplicados na duplicação da BR-101.
Os seis acusados estavam presos há nove dias na carceragem da Polícia Federal, em Lagoa Nova, desde a deflagração da “Operação Via Ápia”, com a finalidade de investigar o desvio de recursos da obra que está a cargo do consórcio de empreiteiras Constran/Construcap/Galvão Engenharia.
No dia 4, uma quinta-feira, foi preso o chefe do Serviço de Engenharia da Superintendência Regional do Dnit, Gledson de Araújo Maia, em flagrante, num restaurante da cidade, recebendo uma suposta propina de R$ 50 mil de um empresário paranaense.
O juiz da 2ª Vara Federal no Rio Grande do Norte, Mário Jambo, havia transformado a prisão em flagrante delito de Gledson Maia no dia seguinte à sua prisão. No dia 9, foi a vez da conversão da prisão temporária de outros cinco acusados em prisão preventiva por 30 dias.
Dos envolvidos na “Operação Via Ápia”, até agora só foi posto em liberdade o empresário paranaense Túlio Gabriel de Carvalho Beltrão Filho, com quem Maia estava almoçando num restaurante da avenida Roberto Freire.
Já na sexta-feira, dia 6, a Polícia Federal prendeu mais cinco pessoas, entre os quais o superintendente regional do Dnit, Fernando Rocha Silveira.
Antes de serem transferidos para o CDP de Macaíba, por volta do meio-dia de ontem, os acusados, incluindo Luiz Henrique Maiolino de Mendonça, Frederico Eigenheer Neto, Andrev Yuri Barboza Fornaziere e Gilberto Ruggiero, fizeram exames de corpo de delito no Instituto Técnico e Científico de Polícia (Itep), na Ribeira.
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