domingo, 31 de julho de 2011

A NOVELA DO DNIT CONTINUA...


A Polícia Federal tem em curso hoje mais de 60 inquéritos abertos para apurar denúncias de desvios de dinheiro público em obras rodoviárias controladas pelo Dnit. As investigações estão centradas em dirigentes estaduais, mas algumas delas poderão atingir ex-diretores nacionais, afastados dos cargos nas últimas semanas por ordem da presidente Dilma Rousseff, e políticos com foro privilegiado.
O arrastão é considerado tão abrangente que a Corregedoria-Geral da PF decidiu não abrir inquéritos específicos para apurar as novas denúncias.
O entendimento da PF é de que todas as acusações publicadas ao longo da crise no Ministério dos Transportes já estão sendo apuradas nos inquéritos em curso em praticamente todas as superintendências. A série de denúncias já resultou na queda do ex-ministro Alfredo Nascimento e de mais 19 dirigentes do setor.
O pedido de abertura de novos inquéritos foi feito à Procuradoria-Geral da República e ao Ministério da Justiça por parlamentares da oposição. Para eles, não basta a demissão. A polícia tem de investigar a fundo as acusações.
Em resposta, a polícia disse que já está investigando os casos. Dois dos mais recentes inquéritos resultaram na prisão dos superintendentes doDnit no Ceará, Guedes Neto, e no Rio Grande do Norte, Fernando Rocha. Guedes foi preso pela Operação Mão Dupla, em agosto do ano passado. Guedes e outros funcionários do Dnit foram investigados por suposto favorecimento a um grupo de empreiteiras lideradas pela Delta.
A PF descobriu indícios de fraudes na construção de uma ponte na BR-304 e no recapeamento da BR-116, próximo a Fortaleza, duas obras doPAC. “Com os trabalhos em conjunto (com a Controladoria Geral da União), foi possível a identificação das pessoas que faziam parte doesquema criminoso de superfaturamento, desvios de verbas públicas e pagamentos indevidos em obras de infraestrutura rodoviária realizadaspelo Dnit”, relatou a PF.
FONTE: Ricardo Noblat

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