As denúncias recorrentes no Dnit (Departamento Nacional de Insfraestrutura e de Transportes), primeiro no Paraná, em seguida no Ceará, e agora no Rio Grande do Norte, está levando a Via Crucis o deputado João Maia (RN) e o seu partido o PR.
Dono da pasta dos Transportes no governo Lula, o PR indicou como ministro o também potiguar, radicado no Amazonas, Alfredo Nascimento, que por sinal é também da mesma região que o deputado João Maia, o Seridó, no Rio Grande do Norte.
O esquema de corrupção montado dentro da superintendência do Dnit no estado com desvio de mais de R$ 2 milhões, através de superfaturamento, fraudes na execução dos serviços e pagamentos indevidos em duas obras federais pode levar ao isolamento da sigla no futuro governo Dilma Ruosseff (PT). Figurando na lista de especulações para ocupar um ministério no próximo governo, João Maia teve de certa forma seu nome maculado pelo escândalo.
A prisão de Gledson Maia, sobrinho do parlamentar, pela Polícia Federal já na quinta-feira à tarde, foi o estopim para deflagrar a “Operação Via Ápia” nas primeiras horas da manhã de sexta-feira. O superintendente substituto foi preso em flagrante junto com um empresário, quando recebia R$ 50 mil de propina no estacionamento de um restaurante da zona sul de Natal.
A quadrilha, que teria desviado dos cofres públicos mais de R$ 2 milhões, segundo a PF, era operada pela cúpula do Dnit. O superintendente Fernando Rocha Silveira e outras quatro pessoas supostamente envolvidas foram presas na manhã de ontem.
Dilma Ruosseff, eleita presidenta do Brasil no último domingo tem fama de durona e exigente. Escândalos como este que envolvem uma pasta que lida diretamente com projetos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) certamente não serão aceitos no futuro governo. Ainda mais quando este governo está para se iniciar.
Portanto, o PR que trate de colocar as “barbas de molho”, porque diante de denúncias recorrentes envolvendo órgãos ligados ao Ministério dos Transportes, fica difícil achar que o partido manterá algum ministério no próximo governo.
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