Analisando o quadro político-eleitoral deste momento, é possível afirmar que, a partir de hoje, possa estar sendo firmada uma nova tendência descendente na candidatura da oposição, pelo menos até que fatos novos venham a mudá-la. Esta afirmação se baseia em dois acontecimentos recentes e que deslustram completamente a pseudo imagem de "santo" do candidato Serra e de "incorruptível" de seu partido, como aquele vinha tentando passar ao público em sua campanha recente. O primeiro deles está estampado na revista IstoÉ desta semana: o escândalo "Paulo Preto", mostrando a corrupção na campanha eleitoral e os "dois Serra", um que não o conhecia no dia 11, outro que já o conhecia no dia 12. Enfim, parece haver sujeira grossa! O segundo é o aborto de Mônica Serra, até agora não desmentido por ela, pelo candidato e nem por ninguém. O jornal Brasil Econômico publicou há pouco no Twitter: "Aborto de Monica Serra revolta Católicos e Evangélicos". O escândalo de corrupção com Paulo Preto tenderá a causar um bom estrago eleitoral, principalmente pela aura de "suprema honestidade incorruptível" que a oposição e, principalmente, o seu candidato vinham tentando passar na propaganda veiculada na TV e no rádio. No entanto, seu alcance poderá ser limitado, haja vista que a população, no íntimo, sabe que não há santos na política. Assim, colocando-se tudo na balança, o caso poderá fazer com que parte do swinging vote (voto vai-e-vem) tenda a ir agora para a situação, pois a oposição estaria evidenciando uma grande contradição entre teoria e prática. O problema maior da oposição - verdadeira bomba H - é o caso do aborto que teria sido feito por Mônica Serra. Além de seu marido ter cativado católicos e evangélicos com um discurso "pela vida e contra o aborto" e acusado sua oponente de ser favorável a esta prática, a própria Mônica teria dado declarações onde acusava a candidata de possibilitar "a morte de criancinhas". Confirmada (ou não negada) a realização do aborto no ninho-mor tucano, o estrago poderá ser de tal monta que até - se este fosse um país sério - inviabilizasse o prosseguimento da candidatura Serra, tal a revolta que poderá causar no eleitor religioso. Como de sério muitos dos nossos políticos nada têm, mesmo que confirmado o aborto e/ou a corrupção, é claro que o onipresente candidato jamais diria "eu menti, peço perdão ao povo e desisto de minha candidatura". Karl Marx, em um de seus tantos trabalhos que alicerçaram o nascimento do comunismo, ao tratar sobre a dialética, escreveu: "as palavras, eu as torço e misturo em uma confusão demoníaca". Portanto, o mais provável (sempre na hipótese de uma confirmação), é que o dito ontem não seja o mesmo que o dito hoje (como o foi com Paulo Preto), cabendo aos marqueteiros e aos maquiavéis do partido tucano tentar torcer as palavras para que o povo as engula e as transforme em votos. Em síntese, parece que a situação deste jogo "futebolístico" volta a se inverter. Prestes a encerrar a partida, a candidata Dilma havia sido derrubada quando se preparava para fazer o gol, deixando a torcida desolada. Agora, pode-se estar percebendo que a falta foi feita dentro da grande área e que o juiz está tendendo a marcar um pênalti. Se realmente for marcada a penalidade máxima, tudo dependerá da habilidade da jogadora, pois a goleira é enorme, está próxima dela e o goleiro poderá estar seriamente contundido. Esta é a hora, pois, de a torcida dar todo o apoio possível, gritando, xingando e fazendo o maior alarido que puder para calar o adversário e perturbar o goleiro. Quanto a nossa jogadora e capitã do time, a bola e a nossa torcida estarão com ela. | |
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sábado, 16 de outubro de 2010
UMA ANÁLISE POLÍTICO-FUTEBOLÍSTICA
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