De modo geral, as pessoas crêem que a democracia é simplesmente a expressão da vontade da maioria. Mas não é bem assim. É claro que as decisões democráticas devem refletir o anseio da maioria da sociedade, porém, existe uma resalva: a efetivação política da vontade da maioria não pode - em circunstância nenhuma - promover segregação, exclusão, marginalização, eliminação e desrespeito da minoria. Históricamente, os limites de convivência entre os grupos sociais majoritários e as minorias têm sido marcados pela intolerancia. Não é raro, ainda nos dias atuais, acompanharmos nos noticiários da TV uma série de conflitos, às vezes históricos, decorrentes da intolerância política, religiosa, étinica etc. Isso é um problema decorrente da relação entre poder e ideologia, que insiste em invibializar a consolidação do Estado Democrático de Direito, impondo limites à inclusão política e social das minorias. A fragilidade de nossa cultura de participação política é um entrave à democracia e ao Estado Democrático de Direito.
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